sexta-feira, 29 de maio de 2015

Entendendo o autismo (legendado em português)



AUTISMO - CONSCIENTIZAÇÃO - VIDEO DA TURMA DA MÔNICA



ALFABETIZANDO - APRENDA CANTANDO - ALFABETO FACIL - ELIZEU BATISTA - GRE...



quinta-feira, 28 de maio de 2015

O que fazer quando seu filho tirar notas ruins ?



MUSICA CLASSICA para ESTUDAR # 1 Lista de Estudo Musica Calmante Classic...



quarta-feira, 27 de maio de 2015

VISÃO BAIXA E A PSICOPEDAGOGIA.

Resumo

 Este artigo busca explorar as dificuldades na aprendizagem encontradas por crianças de baixa visão. O trabalho tem a pretensão de orientar pais e professores da necessidade de estarem atentos quanto à necessidade de buscar um oftalmologista antes que as crianças tenham problemas maiores na escola. O sujeito com problemas visuais, não detectados a tempo, pode apresentar muitas dificuldades no aprendizado e em seu relacionamento com os outros, assim ocasionando baixa autoestima e perda de interesse aos estudos. Nos bancos escolares brasileiros existem muitas crianças com dificuldades visuais e dentre elas, a baixa visão merece destaque. É necessário o conhecimento dos profissionais sobre o tema. É de extrema importância a utilização de recursos especiais para o atendimento das crianças com dificuldades visuais, que possibilitem seu desenvolvimento e a inserção de tais indivíduos como elementos íntegros e eficientes na sociedade. A população precisa ser orientada sobre a importância da consulta oftalmológica nas crianças. A intervenção psicopedagógica poderá reduzir estas dificuldades e dar melhores condições para a aceitação e integração do sujeito no ambiente escolar e no mundo. A metodologia se dará através de pesquisas bibliográficas e a fundamentação será apresentada no campo referência. Palavras- chave: Baixa visão. Aprendizagem. Recursos.


 1 INTRODUÇÃO



 O tema do presente estudo se baseia na baixa acuidade visual e os problemas, que acarretam ao aluno não atendido devidamente em suas necessidades funcionais. Aborda as dificuldades, que esta baixa visão poderá acarretar no desenvolvimento educacional e emocional do sujeito. Em relação ao que diz respeito ao ensino, o psicopedagogo encontra-se frente a muitas barreiras. Dentre elas, a baixa visão merece destaque, pois muitas crianças em idade escolar sofrem de problemas visuais e este fato algumas vezes passa despercebido pelos pais, sendo detectado apenas quando o aluno entra na escola. Em casos mais graves, só é descoberto quando a criança está com dificuldades de aprendizado e, ainda assim, somente quando é levado até a psicopedagoga que descobre através do teste de snellen, detectando a perda visual. Caso a criança esteja em idade pré escolar ainda há tempo para possíveis correções, mas se já completou sete anos de idade nada se pode fazer, para intervir na perda da visão. Segundo arquivos da Associação Brasileira de Oftalmologia, de 7 a 22% das crianças em idade escolar apresentam algum tipo de distúrbio visual. Entre 5 e 10 alunos, de uma amostragem de 100, necessitam de correção visual por conta de erros de refração, hipermetropia, miopia e astigmatismo. 5% destes alunos apresentam baixa acuidade visual, secundárias a diversas afecções oculares . Sendo assim, as crianças acabam tendo as suas vidas comprometidas pela baixa acuidade visual. Este texto propõe pensar em atitudes, que possam ajudar evitar que a situação se prolongue por muito tempo, para evitar perdas maiores na vida destas crianças. Diante desta problemática se faz pensar, que se todas as crianças tivessem uma avaliação oftálmica nos primeiros anos de vida ou se nas escolas públicas ou particulares do país fosse feito a avaliação funcional, através do teste de snellen e, as crianças que apresentassem problemas fossem encaminhadas ao consultório oftálmico, muitas situações poderiam ser resolvidas. Porém o que se vê nos dias de hoje, são crianças com dificuldades de aprendizagem. Quando estas crianças chegam ao consultório psicopedagógico estão com a alta estima bastante baixa devido ao tempo levado para descobrir o seu problema. Através de pesquisa o texto mostra que recursos poderão ser utilizados para melhorar a vida social e educacional destas crianças.



 2-DESENVOLVIMENTO VISUAL DOS SERES HUMANOS



 Para entender a visão e seu desenvolvimento é necessário conhecer a anatomia do olho humano. O olho humano é formado pela córnea, que é a parte visível a frente da Iris; o cristalino é a lente biconvexa, transparente que muda de grau de acordo com a distância do objeto; Iris é a parte colorida do olho; humor vítreo – substancia gelatinosa; a retina envolve internamente o olho e, é nela que se encontra células sensíveis a luz “cones e bastonetes”, estas células captam as imagens e as transmitem ao cérebro; bem no fundo do olho está localizada a fóvea, onde são formadas as imagens que vemos de frente e nervo óptico, as imagens captadas na retina é conduzida pelo nervo óptico até o córtex cerebral. As imagens são captadas pelos nossos olhos e unidas pelo no córtex cerebral. As imagens captadas pelo olho são invertidas e o cérebro se encarrega de arrumá-las. A visão normal é chamada de emétrope, nela a imagem se forma sobre a retina e a visão é nítida. Ao nascer o homem já possui o sentido da visão, porém só com o passar dos anos é que este sentido se desenvolve. Segundo Martins Filho (1995 p. 312) Só no final do primeiro trimestre de vida é que a criança reconhecerá o rosto da mãe. Se ela olhar por cima da cabeceira do berço sem falar uma palavra será reconhecida, hoje dizemos, que nesta idade, três meses, o bebe já conhece algumas cores como verde, amarelo e vermelho. Uma nova fase se inicia em torno do sexto mês. A criança tem condições, neste período, distinguir algumas pessoas da família pelo rosto (pai, mãe, irmãos)e já estranha pessoas com as quais não está acostumada. De acordo com estudiosos da área até os três anos, o cérebro não está ainda totalmente desenvolvido, de modo que o desenvolvimento da visão se dá por volta dos 5 a 7 anos de idade. Para Lopes, (2006, pag.554) o desenvolvimento da visão é um processo de aprendizagem do olho e do cérebro e ocorre principalmente nos primeiros sete anos da vida. Os pais devem levar o os filhos antes desta idade para detectar possíveis problemas visuais, porque muitas das complicações que surgem anteriores a esta idade, de total desenvolvimento da visão humana, pode ter uma maior complicação nesta faixa etária, em que, as crianças já começam a freqüentar a escola. Muitas crianças que são acometidas por problemas visuais só vão ter um possível diagnóstico quando o professor perceber a deficiência e orientar os pais a levar os filhos ao oftalmologista e nesta fase pode ser muito tarde, porque uma criança estrábica pode se recuperar até os três anos de idade, porém se nada for feito o olho ametrope não vai se desenvolver e aos sete anos de idade, que é quando se tem o desenvolvimento total da visão não tem como reverter mais a situação e assim a criança perde uma vista, tornando mais difícil a sua interação com o mundo. Nesta fase de inicio do pré-escolar tanto os pais quanto os professores devem estar atentos para possíveis dificuldades visuais das crianças. O professor com alguns conhecimentos e, devido a sua convivência com o aluno poderá notar as dificuldades do aluno e o tratamento contribuirá para o desenvolvimento sócio educacional do mesmo.



 2.1 AMETROPIAS DO OLHO HUMANO



 As dificuldades visuais são conhecidas como ametropia e para entender um pouco sobre estas dificuldades se faz necessário citar nomes e como se dá esta deficiência na visão: Lopes- São consideradas ametropias, tanto a hipermetropia, a miopia e o astigmatismo. Já Trotter, (1985 p.73), diz que seria incompleto falar do olho sem estudarmos igualmente, os problemas ópticos do processo visual. Miopia – A miopia impede que a pessoa veja objetos ou letras colocadas a longa distância, a miopia não é doença, mas sim, uma variação anatômica do olho. Ela se dá de duas formas, olho mais alongado e quando a curva da córnea é mais acentuada. Segundo Miléo,(1996 p.121). No olho míope, o globo ocular sofre uma espécie de dilatação forçando uma grande convergência do cristalino. Isto faz com que a imagem se forme antes da retina. Hipermetropia- Ao contrário da miopia, a pessoa hipermetrope não enxerga bem de perto. É causada pela curva muito baixa da córnea e a imagem é formada após a retina.Conforme Miléo, (1996 p.122). A hipermetropia é um defeito visual que consiste em uma espécie de contração do globo ocular provocando uma curvatura no cristalino. Isso faz com que a imagem se forme depois da retina. As crianças geralmente são hipermetropes, por causa do tamanho do olho, algumas até usam óculos, mas deixam de usar conforme o crescimento dos olhos.Para Lopes p.554, as crianças nascem hipermetropes, mas como o poder de acomodação do cristalino é grande, elas não precisam usar óculos. Presbiopia – Conhecida como vista cansada, geralmente ocorre após os 42 anos de idade. Geralmente as crianças não têm presbiopia. Segundo Dias, (2003 p.125). A presbiopia, conhecida como vista cansada, manifesta-se após os 40 anos de idade e varia de individuo para individuo.Ela ocorre em função da perda de capacidade do cristalino (a lente interna dos nossos olhos) de alterar sua forma e, portanto, de variar sua dioptria, acarretando uma perda progressiva da capacidade dos olhos de focalizar imagens mais próximas. Astigmatismo – A imagem fica deformada, neste caso pode apresentar sintomas de miopia e hipermetropia. Para Trotter, (1985 p.131). Astigmatismo é o caso, quando uma ou mais superfície do sistema óptico deixam de ter a forma esférica, de modo que dois meridianos do olho, perpendiculares, quase sempre, apresentam potencias de refração diferente. Algumas crianças já nascem com astigmatismo e com o desenvolvimento do olho podem se curar. Trotter, (1985 p. 134), diz que a forma de astigmatismo, em crianças menores que dez anos, é o astigmatismo reto e, que, esta forma de astigmatismo se atenua com o crescimento. Estrabismo – Conhecida como olho torto, geralmente a criança nasce com uma ametropia, seu cérebro tenta fundir as duas imagens captadas, mas como não consegue abandona um dos olhos. Até os três anos de idade esta situação poderá ser recuperada pelo oftalmologista, depois desta idade pode até corrigir a estética do olho, mas a visual é difícil. Segundo Lopes, é bom prestar atenção as crianças estrábicas, porque se a visão do olho ruim não for corrigida, este olho não aprenderá enxergar e a criança perderá esta visão. Ambliopia ou baixa visão - Mais conhecida como baixa visão e, principal tema de nosso trabalho, a ambliopia ocorre porque o olho não desenvolveu normalmente, os nossos dois olhos enxergam várias imagens e o nosso cérebro se encarrega de uni-las, no caso do estrábico que não foi tratado o cérebro deixa de utilizar o olho ruim e passa a utilizar apenas o bom e assim a pessoa se torna amblíope. Segundo Lopes, (2006 p. 581) a ambliopia é a diminuição da acuidade visual, decorrente de um desenvolvimento visual anormal, unilateral ou bilateral. Segundo ele ocorre em 2% da população e é a principal causa de baixa visão unilateral na infância. Geralmente é causada pelo estrabismo não tratado, para evitar a cegueira é necessário que a criança seja tratada até os sete anos de idade, depois desta idade a criança possível mente poderá ficar cega. Por isto é necessário o acompanhamento oftalmológico em bebes e crianças em idade pré escolar, já que é nesta fase que a visão infantil esta em desenvolvimento. Há uma grande necessidade de campanhas públicas para informar aos pais e professores sobre a necessidade de diagnóstico e tratamento do estrabismo, porque depois dos sete anos a criança pode perder totalmente uma das vistas, mesmo que sua aparência seja normal.


 2.2 A CRIANÇA DE BAIXA VISÃO E A PSICOPEDAGOGIA



 A psicopedagogia surgiu com a preocupação de que os problemas de aprendizagem tivessem fundo funcional, porém isto era bem simples, era só encaminhar o cliente até o especialista e o caso estava resolvido. Hoje a pesquisa sobre este cliente é mais profunda, o funcional também é observado, mas é apenas um dos itens de pesquisa sobre o sujeito e a sua maneira de aprender. Porém, ainda hoje chegam aos consultórios crianças com dificuldade de aprendizado por motivos funcionais como a ambliopia e outras dificuldades visuais. Alguns casos seriam muito simples de se resolver se na escola tivesse uma avaliação para ver a acuidade visual das crianças desde a pré escola, pois teria tempo hábil para o tratamento destas crianças. Para Sá, Campos e Silva, 2007 o procedimento de avaliação funcional da visão revela dados quantitativos e qualitativos de observação sobre o nível da consciência visual da criança. Através da observação informal e natural do aluno em todas as situações de vida e atividades cotidianas. Tem por objetivo obter informações sobre o funcionamento visual, compreender todas as possibilidades globais e verificar as necessidades específicas e dificuldades que intervém no processo de desenvolvimento e aprendizagem. Segundo ela, chama-se funcional porque não avalia apenas a criança, mas busca entender o que pode ser útil e funcional para melhorar o desempenho global, o acesso ao conhecimento, garantindo assim, a melhoria e qualidade de vida do aluno e seus familiares. Quanto ao teste visual, que o psicopedagogo pode utilizar para ver o funcionamento da visão desta criança, poderia ser utilizado por um professor mesmo antes de a criança passar por possíveis situações em relação à escola. Para Mutschele,(1994 p.47). O professor deve observar se a criança se queixa freqüentemente de dores de cabeça, se tem exagerada sensibilidade a luz, se é estrábica, se lacrimeja e se aperta os olhos para vê. Assim, o professor pode perceber possíveis problemas de visão. Os professores deveriam ser preparados para aplicarem o teste de snellen, que é um sistema universal para avaliar a visão. Este teste consiste em ler linhas de letras cujo tamanho vai diminuindo e as quais estão penduradas a uma distância padronizada da pessoa a ser testada. Cada linha na tabela diz respeito a uma graduação que representa a acuidade visual. Cada fileira é designada por um número, correspondente a distância na qual um olho normal é capaz de ler todas as letras da fileira. Por exemplo, as letras na fileira "40" são suficientemente grandes para que um olho normal veja na distância de 40 pés. Por convenção, a visão pode ser medida ou na distância de 20 pés (6 metros), ou ainda mais perto, a 14 polegadas de distância. Para fins de diagnóstico, a distância da acuidade é o padrão para comparação, sendo sempre testado cada olho separadamente. A acuidade é marcada com dois números (por exemplo, "20/40"). O primeiro número representa a distância de teste em pés entre o quadro e o aluno, e o segundo representa a fileira menor das letras que o olho do aluno pode ler. 20/20 é uma visão normal; 20/60 indica que o olho da criança pode apenas ler letras suficientemente grandes numa distância de 20 pés, o que um olho normal pode ler numa distância de 60 pés. A criança com visão baixa tem uma acuidad visual abaixo de 20/60. Para Lopes 2006 (pag 581), podemos definir ambliopia pela diferença da acuidade visual dos dois olhos de duas ou mais linhas da tabela de snellen ou visão menor que 0,7 no melhor olho. Mutschele, 1994 p. 48 O teste de Snellen foi inventado pelo Dr. Hermann Snellen: colocasse o cartão a mais ou menos 6 metros de distancia do paciente para averiguar a sua capacidade vusual. . Outro teste que pode ser usado é a tabela de optotipos, que serve para testes com crianças menores ou quando houver uma barreira na linguagem. As figuras "E" são giradas aleatoriamente em quatro orientações diferentes ao longo do quadro. Para cada alvo, o paciente é perguntado para apontar na mesma direção das três "barras" do E. A maioria das crianças podem ser testadas dessa maneira por volta dos três anos e meio de idade, porém a técnica e as medidas são as mesmas do teste de snellen. Segundo Trotter, (1985 p.37). Para fazer os optotipos foi convencionado tomar como norma uma visão de 1,0 ou de cem por cem – que corresponde a separação de1 minutode ângulos. Todo sinal que representa uma acuidade deste tipo foi concebida de forma que seus diferentes elementos e seus intervalos aparecem sobre o angulo de 1 minuto. O uso da entrevista com a criança também pode ajudar ao psicopedagogo descobrir como o aluno se utiliza da sua visão, avaliando suas condições e, assim, dispondo de mais informações sobre como atender as suas necessidades. Esta entrevista pode conter as seguintes perguntas: Vê para ler? Que tamanho de letra pode ler? A que ângulo e distancia os materiais de leituras devem ser colocados? Reage e distingue cores? Consegue ver movimentos na sala? Quais as condições de iluminação para ler? Estas são perguntas básicas que o profissional deve ter em sua entrevista sobre visão. No de necessidade da criança e ela não compreender as perguntas os psicopedagogo pode transformar esta entrevista em teste de maneira mais lúdica, transformando assim a situação mais confortável para a criança, exemplo apresentar figuras bem coloridas para ver se a criança reage a cor, mostrar objetos de tamanhos diferentes, pedir para a criança ler uma historinha, etc, ou seja, usar de criatividade. Fazendo isto o psicopedagogo estará utilizando de estratégias para descobrir a forma de interação e comunicação, seus aspectos visuais, sensórios-motores e perceptivos; cognitivos, função simbólica e formação de conceitos; hábitos sociais, de independência e higiene, interesses, mobilidade, brinquedos e necessidades específicas para adaptação escolar. Para isto, através da anamnese realizada pelo psicopedagogo não deve basear apenas na condição visual; mas, buscar conhecer integralmente o aluno - compreender todas as possibilidades, o desenvolvimento global, os interesses, as relações interpessoais, as dificuldades, as necessidades do educando; bem como os desejos e expectativas da criança e de sua família. Segundo Laurenti,( 2011 p.88). Cabe então, ao psicopedagogo por intermédio da anamnese, resgatar todo o processo histórico desse paciente junto aos pais, junto aos professores, por meio de observações minuciosas. É importante a busca de informações de professores quanto a observação do desempenho do aluno em sala de aula, nas atividades de vida diária, no recreio e ambientes externos. Orientações obtidas com os demais profissionais que porventura atendam o aluno permitem uma ação em conjunto com a família, para elaboração das adaptações e complementações curriculares para satisfatória inclusão do aluno na classe comum. Tendo como objetivo obter informações sobre o funcionamento visual, compreender todas as possibilidades, necessidades e dificuldades que intervém no processo de desenvolvimento da aprendizagem. Nessa perspectiva, a deficiência, perda ou limitação; não será mais o foco principal, mas a modificação do meio, a utilização dos recursos específicos, as atividades, adaptação de brinquedos, jogos, materiais escolares e estruturação e organização do ambiente. De forma que favoreça ao máximo a aprendizagem do educando. Para isso, esta avaliação será feita por meio de entrevistas, protocolos de observações, testes e fichas de registros. Mutschele,( 1994 p.47). As deficiências visuais, a cegueira, como também a ambliopia produzem efeitos diversos sobre as crianças. Cada efeito deve ser tratado individualmente, entretanto a atenção a estes problemas não deve obscurecer o problema central, ou seja, a criança deve ser valorizada como qualquer outra. O foco de atenção não é apenas a criança, mas, toda a família e o meio onde vive, para serem feitas as modificações possíveis. A participação ativa da família é fundamental porque contribui com informações sobre as necessidades da criança, seus interesses, o que lhe é difícil; como interage com o mundo, comunica-se e brinca com outras crianças. Nesse processo, a família tem a oportunidade de explicitar suas dúvidas, ansiedades e frustrações, como também de participar como mediador no processo educacional do aluno. Claro que o psicopedagogo não fará isto sozinho, para melhor esclarecer sobre os recursos que se deve usar em sala de aula, os pais devem ser orientados á levar o filho ao oftalmologista, se possível ter orientação do psicomotricista e apoio psicológico para a criança e para os pais. A criança de baixa visão pode ter um rendimento diferente das crianças de boa visão, mas com o apoio psicopedagógico e a paciência do professor e dos colegas, ela aprenderá e se desenvolverá como os outros. Segundo Vygotsky toda criança, seja ela cega ou vidente, tem a sua disposição a linguagem, principal fonte de conteúdos de desenvolvimento. Para Piaget, 1967, estes constantes equilíbrios e desequilíbrios são inerentes ao homem e fundamentais para que a aprendizagem aconteça de fato. Eles acontecem de forma natural, em cada nova situação, um novo problema, e a pessoa irá procurar, então, se adaptar e resolvê-lo, adquirindo assim o equilíbrio e, por conseguinte, um novo conhecimento. Com a criança de baixa visão não é diferente. Para estas, torna-se um desafio à construção de seu conhecimento, visto que assume esse papel devido a sua curiosidade natural que toda criança possui e, cabe à família, à escola e aos profissionais enquadrarem essas crianças no mundo da cultura, das relações sociais e políticas. O professor desempenha um papel importante no processo de integração da criança com baixa visão, inicialmente preparando a classe para recebê-la, conversando com os outros alunos e explicando a situação e, posteriormente, ajudando a criança a se familiarizar com o meio físico. Se estamos voltados para o processo educacional de uma pessoa com baixa visão para que alcance sua integração, autonomia e inclusão social, estamos buscando condições para o seu desenvolvimento e sua aprendizagem.Tal perspectiva requer atenção ao que a pessoa com deficiência manifesta e disponibilidade do profissional, que a atende para conhecê-la na sua maneira própria de sentir, agir, para poder avaliar o seu potencial global.Sá, 2007 O psicopedagogo em sua devolutiva deve orientar o professor a propiciar meios para a utilização da visão residual da criança. Isso pode ser realizado com o auxílio de meios ópticos. Os auxílios ópticos são específicos para as necessidades visuais de cada criança e dividem-se fundamentalmente em duas categorias: os que ampliam a imagem para perto, permitindo a leitura de material impresso, e os que ampliam as imagens para longe, possibilitando acompanhar o que está na lousa. Para Glat,( 2007, p.131). A partir desta avaliação é que pode traçar o planejamento da aprendizagem e definir as ampliações necessárias tipo de letra e corpo, os contrastes que podem ser feitos, estabelecendo estratégias pedagógicas de estimulação residual. A criança deve ser bem posicionada na sala, de preferência nas carteiras da frente e em lugar onde não tenha reflexo da luz. O uso de lupa deve ser permitido para leitura. As lupas manuais são bastantes práticas, pois é mais fácil de ser transportada, mas podem representar um problema para a leitura mais prolongada ou se a criança tiver alguma dificuldade em segurá-las firmemente. As lupas de apoio são de grande valia, no caso de leituras mais prolongadas. Elas apresentam a vantagem de sua base já as colocarem na distância correta de utilização em relação ao material de leitura ou estudo, variando, assim, apenas a posição do olho do observador. No manual, Saberes e Práticas da inclusão, organizado pelo ministério da educação, (2006) - os recursos não ópticos que o professor pode utilizar são: iluminação adequada, cadernos com pautas ampliadas, lápis 6b ou 3b, canetas que permitam maior contraste, livros didáticos com tipos ampliados, chapéu ou boné pode ajudar no excesso de reflexo da luz, uso de uma régua para marcar as linhas no caso de facilitar a leitura. Outro recurso a usar é a adaptação de textos para as crianças com visão baixa. Estes textos devem ser elaborados da seguinte maneira: fonte arial, verdana ou tahoma; corpo 24 em negrito, apenas 39 caracteres por linha, espaço de um e meio entre as linhas, espaço padrão entre palavras e letras, papel na cor branca, letra na cor preta, papel de pouca opacidade para evitar sombreamento no lado oposto e ilustrações de figuras simples, com poucos detalhes, contornos espessos e bem definidos. Outro encaminhamento que deve ser feito pelo psicopedagogo é a visita ao motricista para uma avaliação, porque o deficiente visual geralmente tem sua capacidade de orientação espacial muito reduzido, isto porque há insegurança em se deslocar devido a sua pouca visão. O desenvolvimento motor do deficiente visual torna mais difícil o estabelecimento da lateralidade e a orientação espacial esquerda – direita, justamente por causa de sua pouca mobilidade. Para Bruno, (2006) as crianças com deficiência visual necessitam de estímulos para se moverem, pois eles tendem a ficar muito tempo parados e, com isso bloqueiam a capacidade de relaxamento e tencionam os músculos, dificultando o seu desenvolvimento motor. As crianças cegas ou de pouca visão vê o mundo através da linguagem e exploração tátil. A mão é o olho do deficiente visual e, o seu uso como instrumento de percepção deve ser intensamente estimulado, porque a criança cega não faz o reconhecimento do mundo através de imagens visuais e sim do tato. Por meio de exploração do ambiente pela mão,auxiliado por outros órgãos do sentidos, principalmente audição e olfato, as pessoas com limitação visual, vem conhecendo ou reconhecendo o meio ambiente em que vivem e tirando dele as informações necessárias para sua sobrevivência e o seu desenvolvimento físico, mental e intelectual.Herval Souza (p. 115, 1899). Como a criança é dependente do tato se torna difícil projetar imagens além da periferia de seu alcance. Neste caso o profissional motricista é muito importante, porque é ele, que antes de começar as aulas deve fazer com que a criança explore o ambiente escolar, percorra banheiros, pátio, cantina e as outras dependências da escola, deve verificar o trajeto que a criança irá fazer de casa até a escola e se possível fazer este trajeto com a criança. O treinamento da mobilidade é fundamental, pois é uma das habilidades adquiridas pelos deficientes visuais. A cegueira acarreta limitações sensoriais causando uma das mais sérias limitações: a capacidade de locomover livremente. Daiana Bertolin e Aline Sankari. (2006, p. 37) O motricista deve preparar a professora e os outros alunos para receber esta criança. Cabe a ele mostrar todos os obstáculos, caso tenha e se possível retirá-los, para que o aluno se movimente livremente e em segurança. Depois de todo este atendimento e informação o educador é a peça principal neste quebra cabeças, pois será ele quem vai atender esta criança durante o período escolar e é ele quem deve oferecer estímulos para que desenvolvam natural e gradativamente a construção de conhecimentos, importantes para ampliação do universo de qualquer criança tendo boa visão ou não, porém este profissional deve conhecer esta criança em sua totalidade para saber o que oferecer e de que forma oferecer estes estímulos para a criança. ...oferecer condições para o desenvolvimento e educação de uma criança com deficiência sensorial requer que se entre em contato com o seu viver; em diferentes momentos e situações. Faz se pois, necessário acompanhá-la na sua totalidade de sua maneira de ser: como age, como se comunica e se expressa, como sente, como pensa. Elcie Masine, (2007). O objetivo da escola ao atender a criança com dificuldades visuais é de promover seu pleno desenvolvimento, utilizando de todos os recursos que possibilite sua inserção no mundo.




 3 CONCLUSÃO


 O estímulo a sobrevivência vem através da afetividade, todos nós somos seres desejosos de afeto. A criança com deficiência não é diferente, ela precisa se sentir aceita para fazer interações com as outras pessoas e o ambiente em que vive. Vygotsky, um dos representantes mais importantes da psicologia histórico-cultural, partiu do princípio que o sujeito se constitui nas relações com os outros, por meio de atividades caracteristicamente humanas, que são mediadas por ferramentas técnicas e semióticas. Fica evidenciado que a instituição de ensino deve ser um espaço de interação, aprendizado, convívio, solidariedade, participação, onde as crianças desenvolvam suas potencialidades e construam o seu conhecimento, porém devemos lembrar que neste processo tudo e todos estão envolvidos. O professor deve lançar um olhar investigativo sobre a criança, para conhecer as suas necessidades e ajudá-la em suas dificuldades de aprendizagem, assim a criança com deficiências visuais pode desenvolver o seu cognitivo e aprender a se relacionar com a sociedade. As crianças com deficiência visual tendem a ficar só e muito quieta, mas cabe aos professores e cuidadores estimularem esta criança a participar das brincadeiras realizadas pela turma e das atividades do grupo. O entanto a família é de suma importância para este desenvolvimento e a construção psicológica do sujeito e não é diferente com a criança de baixa visão. Para isto é necessário envolvimento dos pais na educação do aluno, mas antes de tudo aceita-lo como é, e só assim contribuir para o desenvolvimento das suas potencialidades. Cabe a escola abrir as portas para que estes pais tenham um envolvimento mais efetivo com a educação de seus filhos. E para concluir ressalto o quanto é importante lançar de campanhas públicas para orientar as famílias sobre a necessidade de avaliação periódica na visão infantil.


 REFERENCIAS

 Arquivos Brasileiros de Oftalmologia -Association between the need for optical correction prescription and other ocular conditions in school children- 27/08/2010 BERTOLIN, Daiana Espindula,SANKARI, Aline Mendes. Sensibilidade Além dos Olhos: São Paulo. Ed. Annablume,1899. BRUNO, Marilda. Brincar para Todos, Ministério da Educação, Brasília, 2006. DIAS, Alex. Introdução ao calculo de lentes oftálmicas, Ed. SENAC. São Paulo, 2003 GLAT, Rosana. A integração social dos portadores de deficiências: uma reflexão. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1995. Educação inclisiva: cultura e cotidiano escolar: Rio de Janeiro. Ed. Sette Letras, 2007 LAURENTI, Roseli Basselli. Jogos imaginativos: o encanto da narrativa na prática cotidiana:São Paulo, Biblioteca 24 horas,2011. MARTINS FILHO, José. Lidando com crianças, conversando com os pais – mais de 700 perguntas que você faria ao pediatra: São Paulo, Papiros, 1995. MASINI, Elcie F. Salzano, RODRIGUES,Maria Elisabete.Visão Subnormal Um Enfoque Educacional: São Paulo, Ed. Vetor, 1899. MILEO FILHO, Pedro Romano, Introdução a óptica geométrica. Ed. SENAC, São Paulo, 1996 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Saberes e Práticas da Educação Inclusiva, Brasília, 2006. MUTSCHELE, Marli Santos: Problemas de aprendizagem da criança: São Paulo. Ed. Loyola, 1986. SENA, Dorvina Suely Ferreira. A Psicomotricidade na Vida da Criança Portadora de Deficiência Visual: Numa Abordagem Inclusiva: Rio de Janeiro Universidade Candido Mendes, 2005. SILVA, Myriam Beatriz Campolina, CAMPOS, Izilda Maria de, SÁ, Elizabet Dias de, Atendimento Educacional Especializado – Deficiência Visual. MEC, 2007 SOUZA, Olga Solange Herval. Itinerários da Inclusão Escolar – Múltiplos Olhares Saberes e Práticas. Ed. ULBRA, Porto Alegre, 2008. TROTTER, Jorg Estudos superiores da ótica oftálmica “ o olho” . Ótica Revista, São Paulo,1985. VYGOTSKY, L.A Formação Social da Mente: São Paulo Martins Fontes, 1998. www.psicologia.ufrj.br/verenaover/textos.html - Texto Experiências do Perceber- Elcie F. Salzano Masini, 2007- extraído em 05/12/2010

O que fazer quando o meu filho tirar notas ruins?

* Primeiro lugar: Ficar calma, nada de gritos e broncas. Nunca chame o seu filho de burro, isto poderá causar prejuízos futuro. * converse atentamente com a criança para saber se ela tem uma explicação. * Procure verificar se o seu filho está realmente estudando, se o lugar onde ele estuda é calmo e apropriado para sentar com uma boa postura. O ambiente certo é aquele em que o aluno fica sentado em uma cadeira com apoio para a coluna e mantém os pés no chão. Uma postura errada dá desconforto, dores e sono, com isto a criança não mantém a atenção. * Envolva nos estudos de seu filho. Pergunte como foi a aula, peça para ver o material escolar, as anotações feitas na aula e a tarefa. Estimule-o a tirar dúvidas com o professor depois da aula. * Veja se a criança não está sobrecarregada. Muitas crianças fazem tantas atividades durante o dia que fica exausto para estudar. * Procure conversar com a professora, tenha um bom relacionamento com ela. A professora é sua aliada para resolver os problemas. * Leve o seu filho para uma avaliação com oftalmologista, para ver se há alguma ametropia. (ametropia é dificuldade visual ex. Miopia, hipermetropia, astigmatismo, etc) * Procure o otorrinolaringologista para avaliar a audição ou dificuldades de compreensão daquilo que ouve (Tem criança que ouve bem, mas não entende o que ouve ou não consegue construir uma informação com base no que ouviu) * Procure saber se o seu filho interage com os outros colegas. Muitas vezes as crianças que não são muito aceitas ou que sentem que não são aceitas, preferem se tornar o bagunceiro da sala para ter atenção dos colegas. * Observe se a criança chora muito e não que ir a escola. Não permita que a criança falte à aula. É sempre bom procurar um psicopedagogo, ele é o profissional habilitado para avaliar as dificuldades no aprender.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

NEUROSES NO FILME “O DIABO VESTE PRADA”

Introdução Neurose é uma maneira de ser e de reagir à vida. Essa maneira de ser neurótica significa que a pessoa reage à vida através de reações vivenciais não normais; seja no sentido dessas reações serem desproporcionais, seja pelo fato de serem muito duradouras, seja pelo fato delas existirem mesmo que não exista uma causa vivencial aparente. Essa maneira exagerada de reagir leva a pessoa neurótica a adotar uma serie de comportamentos para aliviar a ansiedade. Estas pessoas têm plena consciência do seu problema e, muitas vezes, sente-se impotente para modificá-lo. A pessoa neurótica diante de um compromisso social reage com muita ansiedade. Neurose não é sinônimo de loucura, assim como também, a pessoa neurótica não apresenta nenhum comprometimento de sua inteligência, nem de contato com a realidade. Seus sentimentos também são normais. A diferença entre uma pessoa neurótica e uma normal é em relação à quantidade de emoções e sentimentos e não quanto à qualidade deles. Os neuróticos ficam mais ansiosos, mais angustiados, mais deprimidos, mais sugestionáveis, mais teatrais, mais impressionados, mais preocupados, com mais medo, enfim, eles têm as mesmas emoções que todos nós temos, porém, exageradamente. A Neurose é uma doença da personalidade e não uma doença mental. "a neurose do trabalho não é uma afecção de um tipo clínico particular, mas uma categoria de perturbações neuróticas (...) aparentemente ligadas às condições do trabalho e ao meio ambiente industrial,geralmente detectadas pela ocasião do trabalho".SIVADON, P. & AMIEL No filme o diabo veste Prada, a personagem Andy Sachs, uma moça interiorana, recém formada em jornalismo, muda para Nova York em busca de emprego. Consegue emprego em uma badalada revista de moda, onde vira motivo de piada entre os seus colegas pelo seu jeito de vestir. Andy muda o seu estilo e se torna uma personalidade irreconhecível em busca de seu ideal profissional e com isto estabelecendo alguns processos neuróticos. Para satisfazer aos desmandos de sua chefe Miranda Priestly, se identifica com seu trabalho e passa a não ter vida social, se torna inconveniente atendendo telefone a toda hora, saindo de jantares e deixando os outros esperando por ela. Sua vida se torna, de forma neurótica, o seu trabalho. Sua reserva de energia libidinal é totalmente depositada no trabalho. Com o termino de seu namoro Andy se torna mais obsessiva pelo trabalho. A fobia por errar a levou a trocar tudo para atender as ordens de Miranda. “O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-IV propõe como critérios para o diagnostico do transtorno obsessivo compulsivo. (1) Preocupação tão extensa com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários, que o ponto principal da atividade é perdido (perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas). (2) Devotamento excessivo ao trabalho e a produtividade, em detrimento de atividades de lazer e amizades. (3) Excessiva conscienciosidade, escrúpulos e inflexibilidade em assuntos de moralidade, ética ou valores. (4) Incapacidade de desfazer-se de objetos usados ou inúteis, mesmo quando não tem valor sentimental. (5) Relutância em delegar tarefas ou trabalhar em conjunto com outras pessoas, a menos que estas se submetam o seu modo exato de fazer as coisas. (6) Adoção de um estilo miserável quanto a gastos pessoais e com outras pessoas. (7) Rigidez e teimosia”. Tratamento No caso desta personagem, a narrativa deixa claro, que a perfeição pelo trabalho a levou a se transformar em uma cópia de sua chefe, personagem também neurótica obsessiva. Porém quando um paciente chega ao consultório com estes sintomas é necessário trabalhar a ansiedade e ir eliminando os sintomas. Os sintomas no paciente neurótico pode ser uma maneira de conseguir equilíbrio egóico. Cabe ao analista descobrir a função inconsciente destes sintomas, investigar e analisar o que levou a paciente a copiar uma figura, que anteriormente a desagradava. A luta a todo custo por reconhecimento é forma de sublimar conflitos. Conclusão Com a exigência do mercado é comum ver pessoas se esforçando ao máximo para manter seus empregos, o preocupante é quando isto se torna doentio. Muitas vezes este excesso de trabalho pode parecer normal, mas em determinados casos pode ser uma fuga dos conflitos. É necessário observar o quanto o paciente prioriza o trabalho, se está deixando em segundo plano, família, amigos e lazer, como são as suas noites de sono. A personagem em questão modificou seus hábitos e gostos e passou a executar os desmandos de sua chefe. Deixando de lado seus amigos, pai e até o namorado. Para muitos, este comportamento é admirável, a pessoa é conhecida como esforçada, mas este trabalho acaba ocupando todos os momentos desta pessoa e ela passa a fazer sempre mais para encobrir os seus conflitos.